segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Caminho Português do Este - Dia 12

Chaves - Allariz
Distância percorrida: 82 km

Ainda antes de sair de Chaves passo no turismo onde carimbo a minha credencial. No dia anterior fiz um pequeno reconhecimento do Caminho dentro da cidade. Assim não aconteceu como da primeira vez que aqui passei quando fiz o Caminho do Interior.

Rio Tâmega em Chaves
Depois de passar pelo Parque Empresarial de Chaves, a saída de Portugal faz-se por Vilarelho da Raia. Esta terra possui um albergue pertencente a uma associação local.
Verin foi a primeira cidade espanhola por onde passei. Aqui tinha 2 opções: continuar para norte até Laza e ir apanhar o Caminho Sanabrês, ou seguir para este e tomar a variante por Xinzo de Limia e Allariz. Foi esta última que fiz. A principal razão foi para não repetir o percurso que fiz no Caminho do Interior.

Castelo de Monterrey
A seguir a Infesta subo até aos 860m por estradas de terra florestais e agrícolas. Encontro cenários bucólicas e paisagens que convidam à contemplação. 
Sigo por uma série de longas rectas planas em terra a perder de vista. Até agora estava a ser um dos melhores dias da peregrinação.


Em Xinzo de Limia perdi a sinalização, só a voltando a encontrar na chegada a Sandiás. Antes de chegar a Paio Cordeiro sigo por um trilho espectacular pelos bosques, que é também sendero sinalizado.


O dia termina em Allariz onde fico alojado no albergue do convento. E que albergue! Quando pensava que já tinha estado no melhor albergue, eis que fico num ainda melhor. Situado num antigo convento, o albergue tem 2 pisos: o superior onde ficam os dormitórios e o inferior onde há uma ampla sala de estar e refeições e uma cozinha bem equipada. Gostei bastante das condições e recomendo este albergue. Consultem o seguinte site.




domingo, 30 de agosto de 2015

Caminho Português do Este - Dia 11

Vila Flor - Chaves
Distância percorrida: 76,4 km


Saí de Vila Flor pela N215 e continuei pela N213 até Mirandela. Nesta cidade encontrei o posto de turismo encerrado. Foi aqui que almocei.

Rio Tua em Mirandela
Valpaços era a próxima cidade a alcançar. Era Domingo e quando lá cheguei deparei-me com várias ruas interditas ao trânsito. Estava a decorrer uma prova de ciclismo em circuito urbano. Era o circuito de Nossa S.ª da Saúde em ciclismo. 

Prova de ciclismo em Valpaços
Isto obrigou-me a alterar a rota inicialmente prevista que trazia de casa. Fui à Loja Interativa de Turismo mas não consegui carimbo. Entre Valpaços e Chaves segui sempre pela N213.

Chaves já se avista
Em Chaves voltei a encontrar sinalização. É a do Caminho Português do Interior que vem desde Viseu. A partir daqui iria seguir este Caminho em Portugal.

Sinalização do Caminho do Interior
Fiquei alojado nos Bombeiros Voluntários de Chaves. Comigo estavam duas peregrinas polacas que estavam a fazer o Caminho do Algarve com começo em Faro e já iam na 4ª semana de caminhada. 


sábado, 29 de agosto de 2015

Caminho Português do Este - Dia 10

Zona de Castelo Rodrigo - Vila Flor
Distância percorrida: 75,7 km


Em Figueira de Castelo Rodrigo parei para tomar o pequeno-almoço. Depois passei no turismo mas não tinham carimbo. Continuei primeiro pela N332 e depois pela N222. Na zona de Castelo Melhor tive um furo na roda da frente o que me obrigou a trocar de câmara de ar.

Castelo Melhor e o seu castelo
Depois começo a aproximar-me do rio Douro e da foz do Côa, região já minha conhecida desde que fizera a Grande Rota do Côa.

Rio Douro
Depois de passar a ponte sobre o Côa virei à direita e segui por estrada de terra com declive bastante acentuado até chegar à rua do Museu. Depois virei à esquerda para o centro de Vila Nova de Foz Côa.

Rio Côa
Cheguei a Foz Côa na hora do almoço e encontrei o turismo fechado. Resolvi continuar e segui pelo track Gpsies que levava. A seguir ao Pocinho atravessei o Douro e ainda assisti à mudança de nível de navegação de um barco de cruzeiro.

Cruzeiro no Douro
Depois segui pela estrada que bordeja o rio Douro até à Foz do Sabor.

Rio Douro
Atravessei a ponte sobre o Sabor e segui pela sua margem esquerda alguns kms.

Rio Sabor
Perto da povoação de Junqueira virei à esquerda para Vila Flor seguindo pela N215. Foram 10 km massacrantes sempre a subir debaixo de um Sol inclemente. Estava com o bidon vazio e não havia fontes nas bermas da estrada nem cafés onde arranjar água. Foi dos momentos mais custosos desde o início da peregrinação. Nem na Gardunha nem na Estrela havia sofrido tanto. Se não fosse a minha fé no apóstolo Santiago não sei se teria conseguido! Já perto da vila pedi aos proprietários de uma quinta se me podiam arranjar água, o que fizeram. 

Vila Flor
Em Vila Flor fui ao turismo para carimbar a credencial, mas não tive sorte. Aproveitei e informei-me sobre o parque de campismo municipal onde pretendia pernoitar nessa noite. Depois de me instalar no parque ainda pude usufruir gratuitamente das magníficas piscinas municipais ao ar livre, vizinhas do parque. Gostei bastante do parque e da zona envolvente à barragem do Peneireiro. Espera cá voltar no futuro. E para terminar digo que paguei uma quantia irrisória para uma época alta numa zona que tem tanto para oferecer.

Parque de campismo de Vila Flor







sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Caminho Português do Este - Dia 9

Zona de Peraboa - Zona de Castelo Rodrigo
Distância percorrida: 98,8 km


Belmonte foi o primeiro ponto de interesse para este dia. Na aproximação à vila passei por uma placa indicadora do Caminho de Santiago, mas depois não vi as necessárias setas amarelas.

À passagem pela Câmara Municipal carimbei a minha credencial e depois subi até ao castelo. Perto do monumento está a igreja de Santiago, de visita obrigatória para o peregrino de Santiago e com um carimbo para o efeito. Na sua fachada está uma escultura de Santiago peregrino.
Igreja de Santiago
O pequeno-almoço foi tomado num café no Ginjal. Depois continuei pela N18 e virei à esquerda para Gonçalo. A partir daqui foi sempre a subir serra da Estrela acima. Passei por Seixo Amarelo e depois por Vale da Estrela.
Seixo Amarelo
Tal como no dia anterior, hoje subi até aos 980m de altitude. Almocei no restaurante Vale dos Moinhos à saída de Vale da Estrela. Não consegui carimbo. Guarda, a cidade mais alta de Portugal foi o meu próximo ponto de passagem. Passei na Câmara Municipal para carimbar a credencial, mas como não foi fácil conseguir o carimbo resolvi ir antes ao Guarda Welcome Center. Bem perto deste centro fica a Sé.

Sé da Guarda
Da Guarda até Pinhel foi um tiro. Segui pela N221 com piso bom e estrada quase plana. Fui quase sempre com pedaleira grande e rodas pequenas. Ainda houve tempo para apreciar uma anta.

Anta da Pêra do Moço
Fui ao turismo de Pinhel, mas não tinham carimbo. Depois fui à Câmara municipal que fica próximo. Depois de Pinhel fiz uma longa descida por estrada panorâmica com vistas para o rio Côa. Já conhecia esta zona de quando percorri a Grande Rota do Côa.

Rio Côa
Depois de passar a ponte sobre o Côa virei à direita seguindo por estrada asfaltada para a aldeia de Bizarril. Do lado direita pude avistar uma mini-hídrica e a capela de Nossa S.ª de Monforte.

Capela de Nossa S.ª de Monforte
A seguir a Bizarril fui retomar a N221 e fiquei-me pela zona de Castelo Rodrigo neste dia que já ia longo.







quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Caminho Português do Este - Dia 8

Castelo Branco - Zona de Peraboa
Distância percorrida: 66,3 km


À saída do parque de campismo continuei pela N18 até pouco depois de Alcains. Depois enveredei por caminhos no campo onde tive de abrir e fechar algumas cercas que delimitam as zonas de permanência do gado. A maior dificuldade deste dia já se mostrava imponente no horizonte: a serra da Gardunha.

Serra da Gardunha
Depois de passar a Lardosa foi com grande surpresa e satisfação que vejo uma placa alusiva ao Caminho do Este no concelho do Fundão.


Depois foi só ir seguindo os vários sinais indicativos do Caminho: setas amarelas e vieira amarela em fundo azul.


A sinalização levou-me a passar perto da barragem de Santa Águeda e a dirigir-me para a aldeia da Soalheira.


Nesta aldeia perdi o rasto à sinalização. Ainda explorei algumas possíveis continuações, e nada... Castelo Novo era o meu próximo ponto de passagem pois já tinha visto lá sinalização no passado. Na ida para lá encontro novamente setas. Como estava com bicicleta resolvi voltar para trás seguindo as setas em sentido contrário. Perto da aldeia perco novamente a sinalização. Até à data desconheço se a sinalização está completa neste hiato. Voltei pois para a aldeia histórica referida. O percurso é comum com a GR-22 Rota das Aldeias Históricas e segue paralelo à A23.

Castelo Novo
A partir de Castelo Novo segue-se pela estrada romana e sobe-se muito, mas mesmo muito. Na Gardunha os sinais têm este aspecto:

Sinalização na Gardunha
À medida que subimos vamos alcançando paisagens sobre a Cova da Beira que nos fazem parar para apreciar o momento.

Cova da Beira
Na subida da serra perdi um parafuso do pedal esquerdo. Trepei até aos 1000m. A serra da Estrela já se avistava.

Serra da Estrela
Depois desci para o parque de merendas de Alcongosta. A última seta que vi foi à saída deste parque. Desconheço se a sinalização tenha continuação. Continuei a descer para Alcongosta, terra da cereja. Depois entrei no Fundão. 
Tive novamente uma surpresa ao passar num parque dedicado aos peregrinos de Santiago.


Dirigi-me ao turismo para carimbar a credencial e depois fui a uma loja de bicicletas resolver o problema do pedal. Depois continuei sempre por estrada de asfalto até Peroviseu. Aqui optei por seguir o track Gpsies que levava até à zona de Peraboa onde terminei o dia.






quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Caminho Português do Este - Dia 7

Vila Velha de Ródão - Castelo Branco
Distância percorrida: 39,9 km


Este dia iria ser mais curto que o habitual já que retomei a viagem a partir de Vila Velha de Ródão da parte da tarde apenas.
Nesta vila passei no posto de turismo mas não tinham carimbo. Deslocar-me à Câmara Municipal não foi opção pois teria de fazer um desvio considerável e com subidas até ao centro da vila.
Conhecia razoavelmente esta região e tencionava seguir os caminhos pelo campo e não andar tanto pelo asfalto.


Nas imediações de Vale Pousadas passei por uma aldeia desabitada de nome Senhora da Graça. Tinha uma capela branca a contrastar com as casas de xisto da aldeia.

Senhora da Graça
Para chegar aos Cebolais de Cima e Retaxo houve que fazer duras subidas. A vista que se alcançava era recompensadora.

Vista para Vale Pousadas e Perais
Depois da aldeia de Represa escolhi seguir por caminhos junto à linha de comboio até Castelo Branco. Passei no Turismo do centro que já se encontrava encerrado.
Prossegui pelo centro da cidade passando pela Sé e pelos jardins do Paço Episcopal.

Jardins do Paço Episcopal
Depois saí da cidade pela N18 até chegar ao parque de campismo municipal onde pernoitaria.


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Caminho Português do Este - Dia 6

Crato - Vila Velha de Ródão
Distância percorrida: 48,8 km

Resolvi esperar pelas 9H para ir à Câmara Municipal do Crato. Aproveitei para tomar o pequeno-almoço num café da vila. Depois abalei em direcção a Flor da Rosa onde fui ao posto de turismo carimbar a credencial. Este fica num antigo mosteiro, agora uma pousada.

Mosteiro de Flor da Rosa


Em Vale do Peso fiz uma pausa numa fonte e comi um reforço alimentar ao pequeno-almoço.
Pouco depois encontro o 1º sinal do Caminho do concelho de Nisa.

Sinalização no concelho de Nisa
Neste concelho o Caminho de Santiago está sinalizado também como percurso de Grande-Rota com as regulamentares riscas branco e vermelha horizontais. Esta sinalização conjunta está vistosa e embeleza o Caminho, havendo mais do que um modelo de pintura.
Ainda antes de chegar por Alpalhão passo por uma bonita fonte com o simbolo da vieira bem visivel ao alto. 

Fonte da Feteira
Pensei tratar-se de uma fonte dos peregrinos. Segundo apurei posteriormente, chama-se fonte da Feteira e foi restaurada aquando da sinalização do Caminho. O que posso dizer é que cumpriu a sua função pois a sua água era bem fresca e pura.
Na passagem por Alpalhão carimbei a minha credencial na Junta de Freguesia.
Cheguei a Nisa na hora de almoço, o que me obrigou a esperar que o posto de turismo reabrisse. O carimbo que recebi foi feito especialmente para os peregrinos de Santiago. Até agora um caso único desde o começo em Tavira. Gostei do design do simbolo a fazer uso da vieira.


Fiz também o meu registo de passagem por aquele local como peregrino a Santiago. Nesta vila existe uma unidade de alojamento que faz preço especial a peregrinos, a Casa das Colunas B&B. O seu Facebook. Depois de Nisa o Caminho continuou por muitos kms sempre pelo campo, por estradas agrícolas e florestais.


Antes de chegar às aldeias de Pé da Serra e São Simão atravessei a ribeira de Nisa por uma ponte, embora o pudesse ter feito pelo leito já que a ribeira ia seca.

Atravessando a ribeira de Nisa
Pé da Serra e São Simão
Nesta zona o terreno é muito acidentado com subidas e descidas constantes. Com a aproximação ao Tejo as planícies do Alentejo estavam a acabar.
Na passagem por um monte tive uma agradável surpresa. Passei pela aldeia abandonada de Monte dos Barreiros.

Monte dos Barreiros
Tenho um fascínio por aldeias abandonadas e já visitei algumas no norte do país. Andasse eu à procura de sítio para ficar e era já aqui. Uma aldeia só para mim. Infelizmente não tencionava terminar já o dia e tinha de ir pelo menos até ao rio Tejo.
Deste ponto conseguia já vislumbrar o rio.

Rio Tejo
Depois de atravessar a N18 passo por um outdoor a assinalar a entrada no Alentejo. Depois sigo por caminhos de piso irregular o que me obriga a desmontar e a fazer bike & hike até chegar perto do Tejo.
Com a chegada à ponte de Ródão vejo a última seta amarela que iria encontrar por agora.

Última seta por agora
Não podia deixar de registar este magnífico monumento natural que são as Portas de Ródão.

Portas de Ródão
Com a chegada a este ponto estratégico e por estar a 30 km de casa decidi fazer um desvio (a pedalar) e uma interrupção na viagem para descansar e repor energias. 




terça-feira, 18 de agosto de 2015

Caminho Português do Este - Dia 5

Alandroal - Crato
Distância percorrida: 91,5 km


Nos bombeiros e turismo, carimbos só a partir das 9H. Queria partir antes, assim não registei a minha passagem pelo Alandroal na minha credencial. Segui pela N255 em direcção a Borba. Podia ter passado por Vila Viçosa, mas mantive-me fiel ao itinerário planeado. Se no futuro houver um Caminho silalizado creio que passará por lá.
Nesta região o mármore é abundante, sendo visíveis várias pedreiras.

Pedreira de mármore
Em Borba, no turismo não possuem carimbo. Por isso fui à Câmara Municipal (edifício contíguo). Antes de sair da cidade tomei ainda café numa taberna central.
Depois de Borba segui pela N4 para Estremoz onde carimbei a minha credencial no posto de turismo.

Estremoz
Na estrada para Sousel passei por um padrão que assinala o campo da batalha do Ameixial.

Padrão da batalha do Ameixial
Em Sousel carimbei a credencial na Câmara Municipal. No turismo não possuiam carimbo. Almocei num restaurante à saída da vila.
Fronteira era a próxima localidade a ligar. Fui à Câmara Municipal carimbar a credencial.

Fronteira
A vila encontrava-se em festa estando as ruas enfeitadas com fitas coloridas.

Fronteira em festa
À saída da vila passo pela sua bonita praia fluvial (que até tinha um campo de pólo aquático) e atravesso a ponte da Ribeira Grande.

Ponte da Ribeira Grande
Entre Fronteira e Alter do Chão sigo pela N245 e apanho uma recta de 11,2 km de extensão.
Em Alter do Chão fui ao posto de turismo carimbar. Fica na Casa do Álamo. Deram-me informação sobre o Caminho e um panfleto da A.A.C.S.E. Desconhecia que naquela terra existisse sinalização e foi com agrado que recebi as indicações de onde se encontravam as tão esperadas setas e vieiras amarelas.

De novo com sinalização em Alter do Chão
Desconheço se esta sinalização já vem de trás. Provavelmente sim, pois esta foi feita no concelho. Posteriormente encontrei este percurso no site Mapmywalk: http://www.mapmywalk.com/pt/alter-do-chao-portalegre/caminho-de-santiago-concelho-de-alter-do-route-191188076
Nesta vila o Caminho segue pela malha urbana antes de sair para o campo por estrada de terra.

Sinalização em Alter do Chão

Sinalização no campo
Que bom que era voltar a andar no campo. Já desde o Algarve que não sentia o piso irregular.
Ao passar numa zona deparei com um marco arrancado. O correcto é seguir pela direita.

Marco vandalizado
Pouco depois começo a seguir a sinalização pertencente ao concelho do Crato.


Chego ao Crato por volta das 17H. Iria ficar por aqui. Pernoitaria nos Bombeiros Voluntários.
A Câmara Municipal encontrava-se fechada e o turismo, segundo me informaram, só havia em Flor da Rosa. No dia seguinte passaria por lá.

Chegada ao Crato
Dentro da vila a sinalização é feita com marcos como este: