terça-feira, 16 de junho de 2020

Caminho de Santiago Central do Alentejo e Ribatejo - Dia 4

Cruz de João Mendes - Casebres

Distância percorrida: 71 km

O dia começou com paisagens identicas à do dia anterior, avançando por caminhos rurais isolados em estrada macadame envoltos em densa vegetação de sobreiro, azinheira e flora arbustiva variada.


Em Santa Margarida da Serra encontrei sinalização do percurso pedestre de grande rota GR11-E9. Desci a um vale verdejante com single-tracks de rara beleza. A certa altura o track começou a diferir com a sinalização, voltando 2 km depois a coincidir.
Durante a manhã, como aconselha o guia do Caminho, liguei para o estabelecimento "O Baracinha" para garantir o transporte fluvial do Sado mais tarde nesse dia.
Liguei também para a Junta de Freguesia de Casebres para informar da minha intenção em pernoitar neste local.
A certa altura o Caminho segue coincidente com um PR (suponho que de Grândola). Cerca das 10H30 avisto Grândola ao longe.

Grândola

Prossigo por uma via sacra que me leva até uma capela completamente isolada no alto de um outeiro. Era a capela de Nossa Senhora da Penha de França.


Na descida para Grândola fui ter à margem da ribeira de Grândola, a qual acompanhei pelo lado direito até atravessar a ponte que dá para o IC1. Depois segui paralelo a esta via por estrada de terra até me embrenhar na malha urbana desta vila carismática. Passagem obrigatória pela igreja matriz.


Segui pela Av. Jorge Vasconcelos Nunes até chegar à linha de comboio a qual atravessei por baixo descendo e subindo por rampas na estação. Segui ao longo desta linha com sinalização nem sempre coincidente com o track. Comecei a seguir estradas com muita areia em que a progressão se tornava difícil.


Tempo ainda de avistar uma raposa que a julgar pelo aspecto devia andar faminta.


Vale de Guizo foi a aldeia onde iria atravessar o Sado. Não sem antes registar em foto a linda igreja de Nossa Senhora do Monte. Depois ao chegar à margem do Sado apanhei boleia com o dono de um dos barcos que se encontravam atracados no cais local. 
Depois da travessia a paisagem mudou radicalmente, progredindo eu pelo meio de extensos arrozais e canaviais ao lado dos mesmos.



Comecei a avistar Alcácer do Sal ao fundo. Antes de lá chegar haveria ainda de passar por baixo da A2 e junto ao Sado.

Alcácer do Sal ao fundo

Dentro da cidade passei no posto de turismo para pedir um guia do Caminho em papel e em português. Em Castro Verde já tinha tentado obter um, mas na altura não havia na lingua de Camões.
Prossegui pelo passeio ribeirinho e depois pelo casario antigo da cidade até subir à zona do castelo. Pelo caminho ainda parei numa fonte para abastecer de água fresca.


Aqui as vistas alcançadas eram fabulosas. Para o outro lado estava a igreja de Santa Maria do Castelo. Antes de abandonar a cidade parei numa superficie comercial para abastecer de comida. Segui pela Av. José Saramago e depois virei à direita. Pedalei junto a uma central fotovoltaica e novamente por estradas de piso arenoso.


Os últimos 3 km antes de Casebres foram por asfalto. Chegado lá contactei a Junta de Freguesia conforme combinado de manhã. Fui muito bem recebido tendo pernoitado numa associação contígua à Junta.

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