Distância percorrida: 71 km
O dia começou com paisagens identicas à do dia anterior, avançando por caminhos rurais isolados em estrada macadame envoltos em densa vegetação de sobreiro, azinheira e flora arbustiva variada.
Em Santa Margarida da Serra encontrei sinalização do percurso pedestre de grande rota GR11-E9. Desci a um vale verdejante com single-tracks de rara beleza. A certa altura o track começou a diferir com a sinalização, voltando 2 km depois a coincidir.
Durante a manhã, como aconselha o guia do Caminho, liguei para o estabelecimento "O Baracinha" para garantir o transporte fluvial do Sado mais tarde nesse dia.
Liguei também para a Junta de Freguesia de Casebres para informar da minha intenção em pernoitar neste local.
A certa altura o Caminho segue coincidente com um PR (suponho que de Grândola). Cerca das 10H30 avisto Grândola ao longe.
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Grândola |
Prossigo por uma via sacra que me leva até uma capela completamente isolada no alto de um outeiro. Era a capela de Nossa Senhora da Penha de França.
Na descida para Grândola fui ter à margem da ribeira de Grândola, a qual acompanhei pelo lado direito até atravessar a ponte que dá para o IC1. Depois segui paralelo a esta via por estrada de terra até me embrenhar na malha urbana desta vila carismática. Passagem obrigatória pela igreja matriz.
Segui pela Av. Jorge Vasconcelos Nunes até chegar à linha de comboio a qual atravessei por baixo descendo e subindo por rampas na estação. Segui ao longo desta linha com sinalização nem sempre coincidente com o track. Comecei a seguir estradas com muita areia em que a progressão se tornava difícil.
Tempo ainda de avistar uma raposa que a julgar pelo aspecto devia andar faminta.
Vale de Guizo foi a aldeia onde iria atravessar o Sado. Não sem antes registar em foto a linda igreja de Nossa Senhora do Monte. Depois ao chegar à margem do Sado apanhei boleia com o dono de um dos barcos que se encontravam atracados no cais local.
Depois da travessia a paisagem mudou radicalmente, progredindo eu pelo meio de extensos arrozais e canaviais ao lado dos mesmos.
Comecei a avistar Alcácer do Sal ao fundo. Antes de lá chegar haveria ainda de passar por baixo da A2 e junto ao Sado.
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Alcácer do Sal ao fundo
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Dentro da cidade passei no posto de turismo para pedir um guia do Caminho em papel e em português. Em Castro Verde já tinha tentado obter um, mas na altura não havia na lingua de Camões.
Prossegui pelo passeio ribeirinho e depois pelo casario antigo da cidade até subir à zona do castelo. Pelo caminho ainda parei numa fonte para abastecer de água fresca.
Aqui as vistas alcançadas eram fabulosas. Para o outro lado estava a igreja de Santa Maria do Castelo. Antes de abandonar a cidade parei numa superficie comercial para abastecer de comida. Segui pela Av. José Saramago e depois virei à direita. Pedalei junto a uma central fotovoltaica e novamente por estradas de piso arenoso.
Os últimos 3 km antes de Casebres foram por asfalto. Chegado lá contactei a Junta de Freguesia conforme combinado de manhã. Fui muito bem recebido tendo pernoitado numa associação contígua à Junta.